segunda-feira, 7 de julho de 2008

Wall-E



Ao lembrar de grandes obras-primas da animação, logo nos vêm à mente as imagens de Toy Story, Monstros S.A., Procurando Nemo, ou, mais recentemente, Ratatouille. Ou seja, impossível não se referir à Pixar, como uma das maiores criadoras do gênero de todos os tempos. Porém, pensar que ela se superaria e às suas criações, seria quase impossível, tendo em vista a qualidade técnica (e por que não crítica) das obras já citadas.Contudo, ao criar um dos personagens da sétima arte mais carismáticos de todos os tempos (uma espécie de Carlitos do espaço) que consegue nos emocionar com um simples gesto manual, a empresa nos demonstra novamente o quão genial seus realizadores são.


Tendo como premissa um robô encarregado de limpar o lixo que tornou a Terra inabitável, o longa se desenrola de maneira mais genial do que se prenuncia, criando situações que o fazem se distanciar do gênero "animação" e se aproximar do "ficção científica". Solitário, Wall-E tem como única companheira uma "barata de estimação" que já nos demonstra o caráter humano que o personagem tem. Colecionador de peças que julga não serem passíveis de descartadas, o robô se mostra de uma pureza contagiante ao guardar os objetos mais prosaicos, como um sutiã ou um isqueiro (cujo brilho ao ser aceso lhe fascina) ; o que novamente nos remete à imagem de uma alma humana encarcerada dentro de um monte de metal. Porém engana-se quem acha que o carisma de Wall-E resume-se a isso: além de grande admirador da música “Put On Your Sunday Clothes” do musical "Alô, Dolly", ele demonstra grande admiração pelo toque humano ao repetidamente assistir a uma cena do musical na qual o personagem de Michael Crawford segura a mão de Dolly Levi em uma de suas danças.


Após 700 anos de trabalho, Wall-E é pego de surpresa pela modernosa robô EVA, que veio à Terra com a missão de procurar por vida, e vê aí a oportunidade de contato que tanto sonhou ao ter assitido ao musical de Gene Kelly. Levado ao espaço por decorrência da nova amiga, o robozinho descobre uma sociedade de pessoas onde o consumismo os fizeram tornar-se menos humanos e onde o toque (tão prezado pelo robô ) se tornou nada corriqueiro, conferindo ao longa um toque crítico mais genial do que o apresentado em Ratatouille ou em outros longas da Pixar.


A animação a ser batida nas premiações e que possivelmente pode quebrar a seca de animações a fazer parte dos 5 maiores indicados ao Oscar.

Um comentário:

Unknown disse...

Ótima descrição do filme! E quando o Wall-e acha uma caixinha com um anel dentro, e ele joga fora o anel e fica encantado abrindo e fechando a caixinha! É divino!
Ainda bem que você me lembrou do blog Vitinho, eu já estava me esquecendo! Aqui sempre tem dicas boas de filmes...

Beijoss pra vc e pro Vino cabeça xD