segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Desinteresse

O mundo a beira de um colapso, e poucos sabem o significado dessa palavra.

O motivo disso é o desinteresse.

Apenas sabe do colapso um reles interessado que escuta um programa noticioso na tv ou rádio ou que lê o caderno de economia de algum jornal crível. Ainda existe a internet, mas é muito cobrar dela, num país como o nosso que permite um acesso pífio a tal instrumento de informação e cultura.

Prefere-se falar de outros assuntos mais relevantes ao cotidiano, como por exemplo, se Ronaldinho Gaucho merece ou não uma vaga na seleção do Dunga, que por sinal tem sua vaga de técnico questionada por todos. Aliás, costuma-se dizer, pelos cantos, que se fosse dada à política a mesma importância destinada ao futebol esse país seria muito melhor. Bom, é apenas um dito.
Discute-se por aí o corte de cabelo da Marta, quando vai ser o novo Big Brother (infelizmente vai ter mais um. Infelizmente!) e motivo do término do famoso tal com a famosa tola.

Não serei hipócrita. Não escuto CBN e não vejo Jornal da Cultura.

E não é isso que sugiro aqui.

Não peço para que as discussões do cotidiano cessem. Não é para conversar sobre isso num boteco com seus amigos bebendo cerveja. Este local é apropriado para outras discussões.
Só peço que o povo tenha o poder de ter acesso à informação. Que a grande massa tenha a consciência do que ocorre no mundo em que vivem.

É nessa parte que a mídia entra.

Divida o tempo. Continue falando de Dunga e Ronaldinho, de Big Brother, do famoso tal com a Marta tola, ou do corte de cabelo da famosa do momento. Mas Mídia, não concentre informação a poucos.

Em tempo: segundo o dicionário colapso é a perda dos sentidos. Sentidos da economia mundial que passa pela sua maior crise depois da queda da bolsa de Nova York, em 1929. Lembrando que o Brasil faz parte desse mundo.

É sério.

Segue: http://economia.uol.com.br/cotacoes/ultnot/2008/09/29/ult1918u1208.jhtm

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Metáforas toscas.

(primeiramente, peço desculpas pela falta de empenho com o bauru sem tomate).

Certa vez, neste mesmo blog, comentei sobre algo que me incomoda. Os tais formatos, programas e séries estrangeiros que lotam as grades de programação (da TV aberta).

Não nego, e reitero que isso me incomoda, pois sei que com um pouco mais de empenho e incentivo pode-se fazer algo melhor do que o oferecido por essas lasanhas de microondas.

Na tv brasileira vê-se os dois lados: o da produção nacional e o do enlatado. Exemplifica-se: Grande Família e Big Brother.

O primeiro (que já foi melhor) prova que o Brasil tem capacidade de montar uma decente sitcom que diga algo a mais, que fale de brasileiros para brasileiros.

O segundo gera repugnância, desapego às coisas boas da vida. Simplesmente um lixo. Um enlatado que perdeu seu prazo de validade há uns sete anos, ainda quando a idéia era inovadora e interessante. Passou do tempo de parar, mas o formato insiste em insistir. E a resposta para tal é que o produto ainda vende (e muito).

Imagine-se dono de um mercadinho, e que tenha nas suas prateleiras itens velhos, vencidos. Digamos que ninguém tenha percebido que esses produtos estejam estragados, e que os mesmos continuam a vender normalmente. Economiza-se ao não comprar novos produtos, e lucra-se com algo que não se esperava lucrar mais. Perfeito. Tosca e metaforicamente, a Globo é a dona do mercadinho.

Mas paro agora com as reclamações. Minha intenção é elogiar um formato comprado que deu certo, e muito.

CQC.

Ótima idéia original da Argentina, já foi vendida para dezenas de países, e há uns quatro meses também para o Brasil (leia-se Band).

Marcelo Tas, Professor Tibúrcio e Ernesto Varela, é o ancora, com credibilidade (algo raro hoje em dia), da atração, que é um misto de jornalismo com humorístico. O restante do elenco (mais seis homens) veio dos palcos de stand-up comedy espalhados pelo país. Com seus trabalhos divulgados pela internet, ganharam fama e entraram na TV.

Os números do Ibope só afirmam ainda mais que a atração deu certo. O maior índice de audiência da Band é com o jornalístico Brasil Urgente, apresentado por Datena. Exibido as 18.00, diariamente, tem pico de oito pontos, com média de seis. Pois bem, há quatro meses no ar, CQC já bate seis de pico, não para de crescer e de aumentar seu leque de patrocinadores, o que demonstra o prestigio que vem criando com o público e conseqüentemente com o mercado publicitário. É um índice elevado para os padrões da emissora do Morumbi.

Mantenho minha opinião inicial escrita neste texto. Acho que há talento e capacidade para se fazer algo nacional de qualidade. Mas tendo a concordar que de vez em quando uma lasanha de microondas não faz mal a ninguém, mas tem que ser de qualidade.

Metafórica e toscamente, assista algo bom.

domingo, 20 de julho de 2008

Batman - O Cavaleiro das Trevas



Esqueça de tudo que já viu e já assistiu sobre Batman. Esqueça as tramas lineares, os personagens caricatos. Esqueça até mesmo Batman Begins. O que Christopher Nolan nos apresenta aqui não é somente uma história cheia de reviravoltas onde em cada cena nos é mostrada uma nova surpresa. Mas sim um retrato da sociedade em que estamos inseridos, na qual não é impossível imaginarmos um herói fantasiado de morcego combatendo os Coringas da vida real.

E por incrível que pareça (exceto pela parte da fantasia de morcego), isso não é exagero. Se desde que Nolan passou a comandar a franquia via-se muito mais realismo impresso na película, agora então, é possível identificarmos Rio de Janeiro, São Paulo, Recife disfarçados de Gotham City. E para tal, o diretor nos poupa brilhantemente de efeitos gráficos de computação e investe massivamente nos efeitos mecânicos, tornando as seqüências de ação muito mais palpáveis.


E não é só pela técnica que a história encontra ecos na vida real. Christopher Nolan e seu irmão Jonathan elaboram o roteiro de modo que a desenvoltura de seus personagens soam da maneira mais plausível possível. Se ao mesmo tempo que encontramos uma Rachel crédula no bem indestrutível, ou um Harvey Dent defensor da moral maior (herói que Bruce Wayne sonha em ser, e cujo arco dramático se mostrará de grande importância para o desfecho da história), encontramos um Coringa anárquico e niilista de cujas aparições na telona se mostram cada vez mais surpreendentes.


O Coringa, aliás, é um dos grandes alicerces do filme. Interpretado com alma pelo falecido Heath Ledger, o roteiro lhe confere (falta de)dignidade e (a)moral transformando a criação de Tim Burton e Jack Nicholson (no Batman de 1989) de um simples palhaço unidimensional em busca de diversão a um lunático que ao mesmo tempo que ansiamos pela sua aparição em cena, tememos-la terrivelmente. Com uma interpretação passível de prêmio, Ledger incorpora maneirismos (olhar, respiração, movimentos de língua, andar) ao personagem, que lhe imprimem um sarcasmo maquiavélico; e uma mudança de timbre da voz, que oscila de falcetes cômicos a berros raivosos, dignos de importar o Joker ao hall dos maiores vilões do cinema.





Se alguém ainda duvida do potencial de Christopher Nolan em se tornar, ao lado de Paul Thomas Anderson e Darren Aronofsky, uma das maiores promessas do cinema do século XXI, após "O Cavaleiro das Trevas" não nos resta dúvidas de que a atual obra-prima da carreira do diretor irá impulsioná-lo ao Olimpo do qual fazem parte Martin Scorcese e Clint Eastwood e já participaram Kubrick e Bergman. Pois não é qualquer um que tem a capacidade de transformar uma simples adaptção de HQ em uma trama surpreendente e bem articulada de proporções épicas.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Wall-E



Ao lembrar de grandes obras-primas da animação, logo nos vêm à mente as imagens de Toy Story, Monstros S.A., Procurando Nemo, ou, mais recentemente, Ratatouille. Ou seja, impossível não se referir à Pixar, como uma das maiores criadoras do gênero de todos os tempos. Porém, pensar que ela se superaria e às suas criações, seria quase impossível, tendo em vista a qualidade técnica (e por que não crítica) das obras já citadas.Contudo, ao criar um dos personagens da sétima arte mais carismáticos de todos os tempos (uma espécie de Carlitos do espaço) que consegue nos emocionar com um simples gesto manual, a empresa nos demonstra novamente o quão genial seus realizadores são.


Tendo como premissa um robô encarregado de limpar o lixo que tornou a Terra inabitável, o longa se desenrola de maneira mais genial do que se prenuncia, criando situações que o fazem se distanciar do gênero "animação" e se aproximar do "ficção científica". Solitário, Wall-E tem como única companheira uma "barata de estimação" que já nos demonstra o caráter humano que o personagem tem. Colecionador de peças que julga não serem passíveis de descartadas, o robô se mostra de uma pureza contagiante ao guardar os objetos mais prosaicos, como um sutiã ou um isqueiro (cujo brilho ao ser aceso lhe fascina) ; o que novamente nos remete à imagem de uma alma humana encarcerada dentro de um monte de metal. Porém engana-se quem acha que o carisma de Wall-E resume-se a isso: além de grande admirador da música “Put On Your Sunday Clothes” do musical "Alô, Dolly", ele demonstra grande admiração pelo toque humano ao repetidamente assistir a uma cena do musical na qual o personagem de Michael Crawford segura a mão de Dolly Levi em uma de suas danças.


Após 700 anos de trabalho, Wall-E é pego de surpresa pela modernosa robô EVA, que veio à Terra com a missão de procurar por vida, e vê aí a oportunidade de contato que tanto sonhou ao ter assitido ao musical de Gene Kelly. Levado ao espaço por decorrência da nova amiga, o robozinho descobre uma sociedade de pessoas onde o consumismo os fizeram tornar-se menos humanos e onde o toque (tão prezado pelo robô ) se tornou nada corriqueiro, conferindo ao longa um toque crítico mais genial do que o apresentado em Ratatouille ou em outros longas da Pixar.


A animação a ser batida nas premiações e que possivelmente pode quebrar a seca de animações a fazer parte dos 5 maiores indicados ao Oscar.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Hoje eu mesmo vou comprar as flores



Quando iniciamos a confecção deste blog, a idéia era criarmos ao menos uma resenha cinematográfica ou televisiva por semana, mas com o passar de pouquíssimos dias, novas propostas de emprego surgiram para os idealizadores de "bauru sem tomate", e o endereço passou a 2º, 3º, 4º, 5º... plano, ou seja, está sendo difícil conciliarmos nossas obrigações profissionais com a elaboração dos textos a serem postados neste espaço.
Falo isto, não como pesar do trabalho nas costas, ou como desculpa para o ainda raso número de leitores de nossas críticas. Mas digo isso feliz. Feliz por não ser mais um Ms. Dalloway. Feliz por não ser mais uma Virginia Woolf, ou uma Laura Brown, ou uma Clarice Vaughan. Feliz por viver.

Ficha técnica:

Direção: Stephen Daldry

Roteiro: David Hare

Elenco: Nicole Kidman, Julianne Moore, Meryl Streep, John C. Reilly, Ed Harris, Toni Collette

Edição: Peter Boyle

Direção de Fotografia: Seamus McGarvey


Este é o principal ponto de partida em que Michael Cunnigham se inspira para elaborar o romance homônimo que deu origem ao excepcional "As Horas"
Na década de 20, a escritora britânica Virginia Woolf (Kidman irreconhecível), moradora dos arredores de Londres, vive o exemplo de uma vida bucólica: casada com um homem que leva até o café-da-manhã na bandeja ao quarto da esposa quando acorda, conta com um time de serventes que lhe compra até o gengibre para temperar a comida das visitas. Visitas que aliás são a única válvula de escape da romancista, que, ao vê-las como última conexão com a vida agitada (lê-se saboreada), cria uma espécie de apego especial com a convidada.
Em Los Angeles, Laura Brown (Moore), casada com um veterano da 2ª Guerra Mundial, não consegue ver um sentido na própria existência. Grávida e com um filho de 7 anos, ela nem ao menos tem a capacidade de preparar um bolo para o aniversário do marido, se mostrando uma dona-de-casa incapaz, em uma época onde o american way of life é levado ao extremo. Coincidentemente, ela vê na vizinha(Collette) com câncer, uma inspiração de mulher que realmente vive.
Na Nova Yorke atual, a editora, e anfitriã de uma festa em homenagem a um escritor aidético, Clarice Vaughan (Streep), com uma espécie de carapuça forte e independente, tenta afogar suas inseguranças em festas comemorativas que na realidade não representam nada.
A trilha sonora de Philip Glass, que ao contrário dos arranjos de "O Ilusionista", onde a trilha do compositor chega a ser exagerada, aliada à ótima fotografia, se mostra de extrema eficiência em nos apresentar o universo melancólico em que vivem as protagonistas. Além disso, outra qualidade técnica que o longa possui, é a ótima montagem de Peter Boyle, que consegue transpor a mudança de gerações de maneira bela e eficiente.
Um filme para todos, mas que com certeza será muito mais bem compreendido por aqueles que já passaram por uma época de depressão na vida.


"Eu luto sozinha contra a escuridão, na mais profunda escuridão, e só eu sei o que isso significa. Só eu posso entender minha condição. Você vive sob a ameaça de minha extinção. Eu também vivo sob esta ameaça". Virginia Woolf

quarta-feira, 30 de abril de 2008

A Cegueira vai a Cannes.


Dez dias após o anúncio dos 19 filmes da mostra competitiva de Cannes uma agradável surpresa acolhe as expectativas de quem torce pelo novo longa de Fernando Meirelles.
Blindness, filme baseado no romance do escritor português José Saramgo "Ensaio sobre a cegueira", foi anunciado na última terça-feira (29/04) como a película de abertura da Croisette.
Segundo Meirelles, o anúncio só se deu após todo este período, pois os distribuidores franceses queriam que o filme concorresse à Palma de Ouro, e, em contrapartida, os organizadores do evento queriam colocá-lo no coquetel de abertura do Festival, o que o excluiria da possibilidade de participar da competição, pois usualmente, os longas de abertura nunca participam da mostra competitiva.
O diretor brasileiro se diz ainda feliz, porém receoso, pois Blindness não é o típico filme que deveria fazer parte de um coquetel, tendo em vista que a história não é de fácil digestão. Contando com a presença de atores renomados como Julianne Moore, Danny Glover e Gael Garcia Bernal, o roteiro relata a história de uma cidade que sofre de uma misteriosa epidemia de cegueira que assola a população inteira, exceto pela esposa (Moore) de um médico (Mark Rufallo), contando com cenas pesadas de estupro e escatologia.

quarta-feira, 12 de março de 2008

NA ÍNTEGRA

NOTÍCIA VEICULADA PELA TELA VIVA NEWS

TV pública.
Presidência vetará artigo sobre cessão de jogos
12/03/2008, 03h47
Uma das questões mais polêmicas na lei de criação da TV pública aprovada na madrugada desta quarta-feira, 12, será extirpada do texto em sua promulgação. O líder do governo no Senado Federal, Romero Jucá (PMDB/RR), anunciou aos parlamentares durante a votação que a Presidência da República vetará o artigo 31º, que trata da cessão de jogos desportivos à TV Brasil. "O governo se compromete a vetar o artigo 31º. Então os senadores podem votar tranquilamente porque este artigo será vetado na sanção", declarou o líder. A principal oposição ao artigo, incluído pelo relator da MP na Câmara, deputado Walter Pinheiro (PT/BA), vinha justamente dos grupos detentores destes direitos, especialmente dos radiodifusores.O anúncio prévio de Jucá foi necessário porque existiam senadores da base aliada que estavam dispostos a votar contra a aprovação da Medida Provisória por conta deste trecho da proposta. Um dos que se pronunciou nesse sentido foi Francisco Dornelles (PP/RJ), que disse em pronunciamento que acreditava que o artigo era inconstitucional ao interferir em contratos privados.
Polêmica
O artigo que será vetado obrigava as TVs comerciais donas de contratos de exclusividade para a transmissão de jogos desportivos, em que o Brasil estivesse representado, cedesse o direito gratuitamente à TV Brasil caso não veiculasse as competições na TV aberta. O texto não sofreu qualquer contestação na votação na Câmara dos Deputados, mas gerou reações imediatas tão logo a proposta chegou ao Senado Federal. O senador Antônio Carlos Magalhães Júnior (DEM/BA) foi um dos primeiros a protestar, questionando a legalidade do artigo.Em seu parecer, o senador-relator Renato Casagrande (PSB/ES) ressaltou o artigo polêmico, apesar de não ter feito nenhuma alteração estrutural na proposta aprovada pela Câmara. Casagrande recomendou ao governo mudar a redação do texto, preservando ao menos a remuneração da detentora do contrato de exclusividade nos casos em que, por qualquer motivo, decida não veicular o jogo na TV aberta.A proposta de Casagrande seria permitir que, nestes casos, a dona do direito de veiculação possa revender a outros interessados a transmissão. Somente se nenhuma outra emissora tivesse interesse na transmissão, o direto seria cedido, gratuitamente, à TV Brasil.Mesmo com o veto, a polêmica pode voltar à tona na Câmara dos Deputados. Três projetos tramitam em conjunto na Comissão de Turismo e Desporto sobre este tema e podem ganhar fôlego com a discussão aberta pela TV Brasil. A tramitação destes projetos está paralisada desde julho de 2007, aguardando parecer dos deputados.
Mariana Mazza - TELA VIVA News

terça-feira, 11 de março de 2008

Às boas lasanhas.

Primeiro.
O Brasil é um país que acolhe muito bem qualquer tipo de cultura. Percebe-se ao andar em São Paulo. Existe uma farta variedade de restaurantes, dos alemães aos indianos. Mas o assunto não é comida, por enquanto.
O assunto é TV, e seu conteúdo.
Basta pensar um pouco e perceber que a grande maioria do nosso conteúdo televisivo é baseado em produções estrangeiras. Menciono ainda os programas que são apenas retransmitidos, como as séries americanas que passam por aqui nos canais abertos. Nada contra tal fato, se o mesmo não caminhasse para se tornar regra e ao ficar refém de tais produtos, limita-se criatividade e também oportunidades a bons profissionais.
Voltando a comida, comparo esse conteúdo comprado a uma lasanha de microondas, que tem gosto de nada, enquanto aquela lasanha feita pela avó num belo almoço de domingo torna-se cada vez mais rara.
E na tentativa de resgatar a tradição da lasanha caseira, o governo tenta impor, por meio de lei, que certa porcentagem do conteúdo exibido em canais pagos terá que ser produzido inteiramente aqui no Brasil.
Com isso mais talentos e oportunidades surgirão. É muito interessante pensar que em canais estrangeiros haverão programas nacionais, assim como já ocorreu com Mandrake e Avassaladoras, produções nacionais transmitidas respectivamente pelos canais pagos HBO e Fox. Mas é só. As grandes produtoras não querem produzir aqui, é mais fácil e rentável trazer o produto pronto. É mais lasanha de microondas. E para dar apenas um exemplo dos riscos de tal medida governamental, os preços das assinaturas da TV paga aumentarão consideravelmente. Está nas mãos dos governos fazer o certo, mas o problema é saber o que é certo.

Segundo.
A Rede Globo detêm os direitos de transmissão sobre a grande maioria dos eventos esportivos a um bom tempo. Isso todos sabem. Abre-se uma exceção à Rede Record, detentora dos direitos de transmissão das olimpíadas de Londres, em 2012. Mas fundamentalmente quem manda nessa área é a Globo. Contudo todo esse poder pode diminuir, porque nos últimos dias surgiu uma novidade no mínimo curiosa. Todo evento esportivo, que tenha representantes brasileiros, e que não for transmitido pela emissora detentora dos direitos, será transmitido pela TV “pública”, sem gasto nenhum à ultima. Isso ocorrera via lei. O que se discute é se tal fato é legal ou não. A Globo pensa que não, já o governo pensa que sim. Lógico, querem comer uma boa lasanha sem pagar.

Terceiro.
E essa TV “pública” não tem nada de pública. BBC de Londres, é pública. Lá, paga-se por tal serviço que é imparcial e possui conteúdo que responde ao agrado da maioria. Isso é TV pública, sem as aspas. Aqui não é assim. Quem nomeou os responsáveis pela TV “pública” foi o presidente da república. Os funcionários nem por concurso passaram. Fora sua programação que é incipiente e insatisfatória. Penso que isso não é publico, é estatal. É a TV estatal brasileira.
E com todos esses problemas a TV continua faturando muito, mas do que qualquer outra mídia. Com tudo isso.

Último.
Saudades das boas lasanhas.

domingo, 2 de março de 2008

Rapidinhas DVD




Tá dando onda: Esta ousada animação que, em formato de documentário traça a trajetória de um pingüim fanático por surf, é uma das mais deliciosas idéias para animação produzidas nos últimos tempos. A forma documental tratada no filme abre espaço para o diretor trabalhar algumas partes da trama sem a cronologia óbvia de um filme infantil, traduzindo a história em um ótimo exercício cinematográfico. Melhor que o também excelente e oscarizado Ratatouille. Vale muito a pena se divertir, mesmo não sendo criança.


Superbad - É hoje: É bom saber que o gênero do bobo e sem graça American Pie voltou à forma habitual (Pork’s) fazendo boas e inteligentes piadas sobre a “abstinência” sexual da juventude norte-americana. Protagonizada por um trio de nerds que finalmente são convidados para participar de uma festa com a missão de levar as bebidas, o longa conta com a participação de Seth Rogen (também roteirista) e dos ótimos Jonah Hill e Michael Cera, que demonstram um excelente tom cômico.


Notas sobre um escândalo: O longa não traz somente a agradável surpresa de ser uma ótima adaptação do livro “What Was She Thinking: Notes on a Scandal” de Zoe Heller, como também a surpresa de nos apresentar uma atuação, por parte da inglesa Judi Dench , superior até mesmo à da ótima Hellen Mirren em A Rainha. Dench, ao construir um personagem de extrema complexidade, nos brinda com a performance de uma Barbara Covett robusta e lânguida ao mesmo tempo, que, ao descobrir que a amiga de trabalho novata, com quem intimamente cria uma amizade que transcende os limites da amizade platônica, se relaciona com um aluno de 15 anos, ameaça contar à família da colega sobre o caso em troca de “favores sexuais”.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Defeitos e Virtudes.

Há sete anos, Jack Bauer era considerado um herói da pátria devido aos fatos ocorridos em 11 de setembro e todas as suas conseqüências. Este herói era considerado a válvula de escape pra um povo ferido depois de tais ataques terroristas. Todas as torturas, todo sangue derramado era vibrado e apreciado pelo seu público.
Isso há sete anos. Hoje Jack Bauer não passa de um protagonista de sucesso de uma série de não menos glórias – é umas das mais vista do mundo juntamente com Lost e Desperate Housewives – e como tal cumpre o seu papel.

Depois de “seis dias” o sucesso continua (antes que perguntem, só acabei de ver a 6°temporada agora). Mas houve muitas críticas contra essa temporada. Depois de seis temporadas é compreensível que o nível – muito bom de todas as outras temporadas – caia. Mas não foi todo esse desastre alegado. Pelo contrário.
Considero que seja covardia comparar o “6°dia” com o “5°” – esse teve muito mais surpresas e ação – por exemplo.
Acho que falhas ocorreram sim, como o desnecessário desfecho de Curtis (parceiro de Jack).
Mas tais erros não comprometeram o andamento.

E apenas para reiterar, a série não se embasa em ataques terroristas, torturas ou sangue derramado, mas sim na vida do humano Jack e como tal é repleto de defeitos e virtudes, sobressaindo-se suas fragilidades as quais são exemplificadas na última cena desta temporada, onde é possível pensar que aquele seria o final de Jack.

Mas tranqüilizo todos que gostam da série.
http://br.youtube.com/watch?v=Jb2YNuWA-tA (trailer da sétima temporada).
Atentem para o novo vilão.
Mas o “7°dia” só vem para o Brasil em 2009.
Enquanto isso aproveite o “6° dia” com todos os seus defeitos e virtudes.


O que é bom...nem dura mais.

Ótima série, péssimos executivos.

A série é Studio 60 – on the sunset strip.

Os executivos são da NBC (império da TV americana e mundial).

Ótima porque não vi e presumo que não verei uma série como esta. Simplesmente ótima.

Péssimos porque não enxergaram a qualidade de seu produto, de sua série.

A série: Mostra os bastidores do Studio 60, um programa (fictício) humorístico de auditório, aos moldes do famoso Saturday Night Live (esse sim, real). É uma aula pra quem trabalha ou trabalhará um dia em TV. E um prato cheio para quem simplesmente gosta do assunto.

O elenco: Destaque para o ótimo Matthew Perry (Chandler de Friends). Perry personifica o roteirista do programa, Matt Albie, com extrema perfeição. Com tal atuação acaba com possível estigma de ser ator apenas para a comédia, pelo contrário, leva o drama com extremo talento e facilidade. Completam o elenco, Bradley Whitford, Amanda Peet e Steven Weber.

O roteiro: Assim como a série, ótimo. Aaron Sorkin (o mesmo de The West Wing) é diferenciado. Ninguém atualmente roteiriza como ele. Seus diálogos são rápidos e inteligentes. Trata muito bem assuntos delicados à sociedade americana, como o uso de drogas, a guerra do Iraque e religião. Tem o controle total do texto.
Obs: para quem gosta de um bom roteiro no cinema, atentem à novidade Paul Haggis. Roteirizou Menina de Ouro (muito triste, muito bom) e Crash – No Limite (simplesmente muito bom). O controle do texto e o tratamento sobre assuntos delicados (eutanásia em Menina de Ouro e preconceito social e racial em Crash – No Limite) lembram Aaron Sorkin.

Os executivos: Perderam um ótimo conteúdo por questões econômicas. Infelizmente a audiência ainda rege o conteúdo. Explica-se: Studio 60 foi exibido nos EUA no mesmo horário de CSI (líder disparado de audiência por lá). Burrice no momento de montar a grade porque Studio não concorre com CSI, são produtos totalmente distintos. O resultado de tal erro: o fim de uma ótima série.
Enquanto o conteúdo for refém da audiência o bom não durará.


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Sobre o Oscar na TV

Para quem queria ver o Oscar desde o seu início, desde a primeira premiação, ou por que não desde o tapete vermelho, teve que assistir pelo canal pago (leia-se minoria) TNT, pois a Globo, bem da Globo falo já.

Da TNT falo agora.

O que foi Chris Niklas comentando vestidos, bustos, jóias, sorrisos junto de Rubens Ewald Filho.
Não combinou com o estilo do canal e muito menos com o estilo de Rubens, que muitas vezes ficou perdido após comentários da parceira, que por sinal é bem fraca no quesito apresentação de programa.
Por favor, TNT, ano que vem deixa essa parte de Chris, vestidos, bustos, jóias e sorrisos para Caras, Contigos, Flashs...
Por favor, TNT [2], troque de tradutora (uma das piores vozes da TV mundial).
E pra terminar a parte da TNT: respeito Rubens Ewald e todo o seu conhecimento de cinema, que é inegável, mas cansou. Sérgio Dávila, Luiz Carlos Merten, Marcelo Janot, apenas pra citar três bons críticos.

Agora a Globo.

A Globo, assim como Rubens Ewald, cansou.
Não é possível que ela continue com o mesmo vício monopolizador de conteúdo. Esse é um mal que a TV brasileira ainda não conseguiu sanar e sou descrente a essa possibilidade, pelo menos em curto prazo.
Tendo uma grade de programação cheia de Fantásticos Big Brothers, sem espaço para transmitir o Oscar, o mínimo que se espera é CONSIDERAÇÃO aos telespectadores e interessados pela premiação. Começar a transmissão com uma hora de atraso é falta de respeito. É o mesmo que começar a transmitir a final da copa do mundo aos 10 minutos do segundo tempo.
O SBT transmitia há anos atrás desde o inicio (leia-se todas as premiações), com Marilia Gabriela apresentando e Rubens Ewald Filho comentando (explica-se aí o cansaço).

Finalmente, se não quer transmitir não compre os direitos. Deixa a emissora do patrão mostrar o evento, mas sem o Rubens, que é o mesmo da TNT.
É, parece que só eu cansei do “Rubão”.

Finalmente [2], parabéns aos vencedores. Onde os fracos não têm vez é digno de todos os seus prêmios, principalmente Javier Bardem, assim como Daniel Day Lewis (Sangue Negro) e Marion Cotillard (Piaf – um hino ao amor), os melhores protagonistas.

No ZEBRA for old men

Se você esperou até as 2 da madrugada desta segundona esperando um bom e velho azarão que tornasse a noite mais divertida: um Paul Thomas Anderson ressurgindo das cinzas e roubando a estatueta dos Coen; um Johnny Depp cortando o pescoço de Daniel Day-Lewis; ou até mesmo a prodígia Saiorse Ronin ou o veterano Tom Wilkinson despontarem como melhores coadjuvantes, deve ter achado, como eu, este 80º Oscar um porre (ainda mais depois das encenações das três canções de Ecantada ). Não que Javier Bardem, Joel e Ethan, Daniel Plaineview (digo, Day-Lewis) e Tilda Swinton não merecessem. Pelo contrário. Mas a idéia de assistir a um desfile de Fause Hatens pra cá, Carolina Herreras pra lá, Diors aqui e Gabannas acolá, é justamente para na hora do “the Oscar goes to…” passar aquele friozinho na barriga e aquele que ninguém esperava subisse ao palco sem nem mesmo um discurso preparado.

A maior surpresa realmente foi por parte de Diablo Cody. Sim eu sei que ela era a favorita para o prêmio de roteiro original, mas, apesar da pose óbvia de “sou a diferentona” , fiquei abismado com o braço de estivadora que ela tem.
Confesso que fiquei feliz de não ver Cate Blanchett subir no palco como vencedora de alguma estatueta. Primeiro porque Swinton é uma grande revelação nos últimos tempos e foi muito bom ela ter recebido o prêmio por atriz coadjuvante, o que com certeza lhe abrirá portas muito maiores num futuro próximo. Segundo, porque, se Blanchett subisse ao palco nesse momento, teria menores chances de ganhar um Oscar de melhor atriz futuramente.
Mas bom realmente foi ver Falling Slowly arrebatar canção original, deixando as babaquices de Encantada comendo poeira.
De resto, os mesmos discursos de sempre, os mesmos agradecimentos de outrora e o mesmo chororô já protagonizado por Halle Barry, Charlize Theron, mas agora na pele de uma francesa.

O pior realmente foram as vinhetas de praxe da cerimônia que, desta vez, nos fez relembrar que já tivemos "O Maior Espetáculo da Terra" e "Sheakspere Apaixonado" como vencedores da estatueta mais cobiçada; que "Como Era Verde Meu Vale" derrotou "Cidadão Kane", ou que "Rocky" derrotou "Taxi Drver", ou que "Gente Como a Gente" tirou a estatueta de "Touro Indomével" e de "Homem Elefante"; relembramos também que nem Kubrick, nem Hitchcock, nem Bergman e nem Fellini subiram ao palco do Teatro Kodac para recebrem seues merecidos prêmios de melhores diretores.
Esperamos que nos próximos anos a Academia se lembre de David Fincher e outros excelentes diretores, e resolvam lhes premiar antes que morram. E principalmente, que as zebras mostrem suas caras e salvem mais um Oscar do marasmo de sempre.

Stripper profissional e estivadora nas horas vagas

As esposas estavam mais felizes

Uma estatueta a menos

Único discurso acalorado da noite

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Pra quem vai?



Desde de Agosto vem sendo especulado o ganhador da maior premiação da sétima arte. Desde Zodíaco até a animação Ratatouille fizeram parte do banco de apostas filmes como Antes que o diabo saiba que você está morto e até mesmo a adaptação homônima do livro O caçador de pipas. Porém, depois das premiações dos vários sindicatos e do Globo de Ouro, esse caminho nebuloso foi-se tornando mais claro. Despontaram como favoritos filmes como Juno, Onde os fracos não têm vez e Sangue Negro, e no dia 22 de Janeiro as indicações firmaram-se previsíveis.
Abaixo, listamos os principais indicados nas proncipais categorias, os prováveis vencedores e as possíveis zebras:





Melhor filme: Onde os fracos não têm vez é o mais verossímil dono da estatueta. Tendo vencido na maioria dos sindicatos de críticos e principalmente no de atores, fica difícil que Sangue Negro, que é a segunda aposta, abocanhe a estatueta. Os outros indicacos são Juno, Conduta de Risco e Desejo e Raparação.

Melhor diretor: A Academia adora “corrigir” erros passados e premiar um diretor que já concorreu várias vezes sem obter êxito (como no ano passado com Scorcese), portanto se tonra mais recorrente acreditar que a Academia escolha a dobradinha dos irmãos Coen e lhe premiem também com a estatueta de Direção. Porém, os votantes podem pensar da mesma maneira em relação a Paul Thomas Anderson que foi simplesmente ignorado pela Academia em Magnólia, e ainda há de se ficar de olho no vencedor de Cannes Julian Schnabel. Jason Reitman e Tony Gilroy parecem a quilômetros de distância dos outros, portanto suas vitórias são bem improváves.


Melhor ator: Daniel Day-Lewis não tem pra ninguém. Após seu discurso no SAG no qual emocionou a platéia ao homenagear o colega Heath Ledger, garantiu seu segundo Oscar deixando Johnny Depp, seu principal concorrente, comendo poeira. Os outros indicados são Tommy Lee Jones, George Clooney e Viggo Mortensen.




Melhor atriz: A atriz mais jovem a ganhar a estatueta na categoria, a que demorou mais tempo para ganhar pela segunda vez ou a primeira atuação em língua estrangeira depois de 46 anos. Qualquer das três (Ellen Page, Julie Christie e Marion Cotillard, respectivamente) que sair vitoriosa vai fazer história. A consagração tende a cair sobre a indiana, que venceu pela primeira vez em 1966 por Darling, mas as críticas a favor sobre a francesa podem ter sido fator decisivo para os votantes. Porém, a disputa entre as duas pode favorecer Page que pode roubar os votos divididos entre as duas primeiras. Cate Blachett parece impossível subir ao palco do Kodac Theater para receber a premiação, alguns dizem que Elizabeth é tão ruim que nem se nota a atuação de Blanchett. Já Laura Linney é uma surpresa até mesmo ter concorrido, quanto menos ganhar.




Melhor ator coadjuvante: Se no ano passado as atuações femininas eram mais do que certeza (Helen Mirren e Jennifer Hudson), este ano as masculinas é que estão sendo barbada nas apostas. Além de Day-Lewis, o espanhol Javier Bardem segue como franco favorito na disputa pela categoria de coadjuvante e só perde a estatueta se a Academia resolver dar um prêmio de consolação para o subestimado Assassinato de Jesse James e premiar Casey Affleck. Quanto aos outros (Hal Holbrook, Philip Seymour Hoffman e Tom Wilkinson) a probabilidade que vençam é ainda menor, deixano o caminho livre para Bardem.





Melhor atriz coadjuvante: Cate Blanchett, a Copa Volpi do ano passado, se mostra a nova queridinha da Academia que lhe concebeu esta segunda indicação neste ano e segue como uma das favoritas do grupo. Amy Ryan também veio arrancando alguns prêmios das mãos da australiana, o que a torna uma forte concorrente. Mas também não nos esqueçamos de Ruby Dee que venceu o prêmio de Atriz Coadjuvante do Sindicato de Atores, e nem de Tilda Swinton que está ótima em Conduta de Risco e pode surpreender.


Roteiros : O Oscar de roteiro sempre serve de parâmetro para o vencedor de melhor filme, se no ano passado Pequena Miss Sunshine empurrou Babel da disputa, neste ano a coisa é diferente: se o longa dos Coen ganhar o prêmio de roteiro adaptado, fica quase impossível que Sangue Negro ganhe o principal Oscar, mas se o roteiro de Paul Thomas Anderson for premiado, a disputa aperta, e pode pôr Juno, que terá seu roteiro original condecorado, no páreo de Melhor Filme.


Melhor Animação: O ovacionado filme de Brad Bird, Ratatouille, segue como favorito, mas os votantes podem muito bem surpreender ao terem votado em Persépolis como prêmio consolação, pois foi esquecido na categoria dos filmes estrangeiros.

Abaixo seguem as indicações dos principais filmes que farão parte da cerimônia deste ano:
Sangue Negro: melhor filme; melhor ator (Daniel Day Lewis); melhor diretor (Paul Thomas Anderson); melhor direção de arte; melhor fotografia; melhor edição; melhor edição de som; melhor roteiro adaptado.
Onde os fracos não têm vez: melhor filme; melhor diretor (Ethan e Joel Coen); melhor ator coadjuvante (Javier Bardem); melhor roteiro adaptado; melhor fotografia; melhor montagem; melhor edição de som; melhor mixagem de som;
Desejo e reparação: melhor filme; melhor atriz coadjuvante; melhor direção de arte; melhor fotografia; melhor figurino; melhor trila sonora original (Dario Marianeli); melhor roteiro adaptado.
Conduta de risco: melhor filme; melhor ator (George Clooney); melhor ator coadjuvante (Tom Wilkinson); melhor direção (Tony Gilroy); melhor atriz coadjuvante (Tilda Swinton); melhor roteiro original; melhor trilha sonora original.
Juno: melhor filme; melhor direção (Jason Reitman); melhor atriz (Ellen Page); melhor roteiro original.

Mas em um ano que será conhecido como “O ano em que Oscar quase não aconteceu” torna mais difícil prever o que acontecerá na 80ª maior noite do cinema e o que teria se passado na cabeça dos milhares de atores, diretores, roteirista, produtores e outros votantes da Academia de Artes Cinematográficas.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Top 10

Este é apenas um espaço para críticas de dois estudantes de Rádio e TV a filmes e séries em geral.Tentaremos fugir do comum e comentar do nosso modo mesmo sem ter algum tipo de experiência.Análise de clássicos a cults, de ótimos a péssimos filmes.Desde já pedimos desculpa, pois não somos profissionais e erros serão cometidos. Pensamos muito para escrever o nosso primeiro texto e decidimos fazer esta pequena consideração e montar um "top ten" dos que, para nós, são os melhores filmes do cinema.

10- Pulp Fiction (Quentin Tarantino, 1994)

Esta homenagem à literatura Pulp dos anos 40 conta com um dos mais criativos e engenhosos roteiros do cinema moderno e prova o talento de Tarantino, que após o longa se lançou como um dos maiores cineastas da atualidade.



9- Crash – No limite (Paul Haggis, 2004)


Ao mostrar várias histórias desconexas se cruzarem por atos de vilência, o diretor e roteirista Paul Haggis escancara a hipocresia de uma sociedade onde o individualismo e a intolerância nas relações humanas prevalecem.




8- Amnesia (Cristopher Nolan, 2000)

Uma das maiores surpresas dos últimos anos, Cristopher Nolan foi revelado neste filme-quebra-cabeça, que, de trás para frente, nos relata a angustiante jornada de um homem em busca do estuprador e assassino de sua mulher.




7- Cidade de Deus (Fernando Meireles, 2002)

Indispensável filme nacional que conta com uma das maiores direções do cinema brasileiro e com uma antológica cena de abertura (a da galinha). Tudo isso para narrar o nascimento de um bandido/traficante nos morros cariocas.




6- Tempos Modernos (Charlie Chaplin, 1936)

Um dos maiores clássicos de Chaplin, o filme retrata a interligação da vida a um relógio, criticando assim não só o sistema capitalista de produção, mas tembém o sistema capitalista de viver.




5- Festim Diabólico (Alfred Hithcock, 1948)

O mais criativo longa de Hitchcock nos mostra mais aflorado o lado teatral do diretor . Contando com apenas 8 cortes, a película de 80 minutos nos ilude de forma que aparente ter 200.

4- Dançando no Escuro (Lars von Trier, 2000)


Criado em 1995 por diretores dinamarqueses (entre eles Von Trier), o ousado Dogma 95 se mostra bastante eficiente em contar histórias transbordadas de drama, como neste longa, tornando-as o mais viceral possível. Arrebatadora atuação de Björk como Selma, uma mãe aspirante a dançarina que tem uma doença crônica que culminará na cegueira total, e que faz o máximo para arrecadar dinheiro para a operação do filho que herdou a doença.


3- Laranja Mecânica (Stanley Kubrick, 1971)

Em época de Vietnã, Charles Manson e debates sobre reeducação social, Kubrick nos fornece um dos maiores registros de uma sociedade que vive sobre a hipocresia e manchada pelo desumano, onde um delinqüente é preso e usado como cobaia em uma experiência que aboliria os impulsos maldosos e vilentos do indivíduo.

2- Crepúsculo dos Deuses (Billy Wilder, 1950)

Um dos maiores clássicos do cinema, dirigido pelo genial Billy Wilder, narra a história de uma ex-diva do cinema mudo (Gloria Swanson excepcional) que recebe a visita de um roteirista desconhecido (William Holden). Com doses de sarcasmo, humor e drama, é relatado o lado sombrio da fama e da indústria de Hollywood, rendendo 11 indicações ao Oscar.


1- Poderoso Chefão (Francis Ford Copolla, 1972)


Filme definitivo de máfia, conta a história de como uma família de mafiosos reage com a chegada das drogas à cidade. Dirigido com preciosismo por Francis Ford Coppola, o filme ainda trás as fantásticas atuações de Marlon Brando e Al Pacino.








Até a próxima.