sábado, 23 de fevereiro de 2008

Pra quem vai?



Desde de Agosto vem sendo especulado o ganhador da maior premiação da sétima arte. Desde Zodíaco até a animação Ratatouille fizeram parte do banco de apostas filmes como Antes que o diabo saiba que você está morto e até mesmo a adaptação homônima do livro O caçador de pipas. Porém, depois das premiações dos vários sindicatos e do Globo de Ouro, esse caminho nebuloso foi-se tornando mais claro. Despontaram como favoritos filmes como Juno, Onde os fracos não têm vez e Sangue Negro, e no dia 22 de Janeiro as indicações firmaram-se previsíveis.
Abaixo, listamos os principais indicados nas proncipais categorias, os prováveis vencedores e as possíveis zebras:





Melhor filme: Onde os fracos não têm vez é o mais verossímil dono da estatueta. Tendo vencido na maioria dos sindicatos de críticos e principalmente no de atores, fica difícil que Sangue Negro, que é a segunda aposta, abocanhe a estatueta. Os outros indicacos são Juno, Conduta de Risco e Desejo e Raparação.

Melhor diretor: A Academia adora “corrigir” erros passados e premiar um diretor que já concorreu várias vezes sem obter êxito (como no ano passado com Scorcese), portanto se tonra mais recorrente acreditar que a Academia escolha a dobradinha dos irmãos Coen e lhe premiem também com a estatueta de Direção. Porém, os votantes podem pensar da mesma maneira em relação a Paul Thomas Anderson que foi simplesmente ignorado pela Academia em Magnólia, e ainda há de se ficar de olho no vencedor de Cannes Julian Schnabel. Jason Reitman e Tony Gilroy parecem a quilômetros de distância dos outros, portanto suas vitórias são bem improváves.


Melhor ator: Daniel Day-Lewis não tem pra ninguém. Após seu discurso no SAG no qual emocionou a platéia ao homenagear o colega Heath Ledger, garantiu seu segundo Oscar deixando Johnny Depp, seu principal concorrente, comendo poeira. Os outros indicados são Tommy Lee Jones, George Clooney e Viggo Mortensen.




Melhor atriz: A atriz mais jovem a ganhar a estatueta na categoria, a que demorou mais tempo para ganhar pela segunda vez ou a primeira atuação em língua estrangeira depois de 46 anos. Qualquer das três (Ellen Page, Julie Christie e Marion Cotillard, respectivamente) que sair vitoriosa vai fazer história. A consagração tende a cair sobre a indiana, que venceu pela primeira vez em 1966 por Darling, mas as críticas a favor sobre a francesa podem ter sido fator decisivo para os votantes. Porém, a disputa entre as duas pode favorecer Page que pode roubar os votos divididos entre as duas primeiras. Cate Blachett parece impossível subir ao palco do Kodac Theater para receber a premiação, alguns dizem que Elizabeth é tão ruim que nem se nota a atuação de Blanchett. Já Laura Linney é uma surpresa até mesmo ter concorrido, quanto menos ganhar.




Melhor ator coadjuvante: Se no ano passado as atuações femininas eram mais do que certeza (Helen Mirren e Jennifer Hudson), este ano as masculinas é que estão sendo barbada nas apostas. Além de Day-Lewis, o espanhol Javier Bardem segue como franco favorito na disputa pela categoria de coadjuvante e só perde a estatueta se a Academia resolver dar um prêmio de consolação para o subestimado Assassinato de Jesse James e premiar Casey Affleck. Quanto aos outros (Hal Holbrook, Philip Seymour Hoffman e Tom Wilkinson) a probabilidade que vençam é ainda menor, deixano o caminho livre para Bardem.





Melhor atriz coadjuvante: Cate Blanchett, a Copa Volpi do ano passado, se mostra a nova queridinha da Academia que lhe concebeu esta segunda indicação neste ano e segue como uma das favoritas do grupo. Amy Ryan também veio arrancando alguns prêmios das mãos da australiana, o que a torna uma forte concorrente. Mas também não nos esqueçamos de Ruby Dee que venceu o prêmio de Atriz Coadjuvante do Sindicato de Atores, e nem de Tilda Swinton que está ótima em Conduta de Risco e pode surpreender.


Roteiros : O Oscar de roteiro sempre serve de parâmetro para o vencedor de melhor filme, se no ano passado Pequena Miss Sunshine empurrou Babel da disputa, neste ano a coisa é diferente: se o longa dos Coen ganhar o prêmio de roteiro adaptado, fica quase impossível que Sangue Negro ganhe o principal Oscar, mas se o roteiro de Paul Thomas Anderson for premiado, a disputa aperta, e pode pôr Juno, que terá seu roteiro original condecorado, no páreo de Melhor Filme.


Melhor Animação: O ovacionado filme de Brad Bird, Ratatouille, segue como favorito, mas os votantes podem muito bem surpreender ao terem votado em Persépolis como prêmio consolação, pois foi esquecido na categoria dos filmes estrangeiros.

Abaixo seguem as indicações dos principais filmes que farão parte da cerimônia deste ano:
Sangue Negro: melhor filme; melhor ator (Daniel Day Lewis); melhor diretor (Paul Thomas Anderson); melhor direção de arte; melhor fotografia; melhor edição; melhor edição de som; melhor roteiro adaptado.
Onde os fracos não têm vez: melhor filme; melhor diretor (Ethan e Joel Coen); melhor ator coadjuvante (Javier Bardem); melhor roteiro adaptado; melhor fotografia; melhor montagem; melhor edição de som; melhor mixagem de som;
Desejo e reparação: melhor filme; melhor atriz coadjuvante; melhor direção de arte; melhor fotografia; melhor figurino; melhor trila sonora original (Dario Marianeli); melhor roteiro adaptado.
Conduta de risco: melhor filme; melhor ator (George Clooney); melhor ator coadjuvante (Tom Wilkinson); melhor direção (Tony Gilroy); melhor atriz coadjuvante (Tilda Swinton); melhor roteiro original; melhor trilha sonora original.
Juno: melhor filme; melhor direção (Jason Reitman); melhor atriz (Ellen Page); melhor roteiro original.

Mas em um ano que será conhecido como “O ano em que Oscar quase não aconteceu” torna mais difícil prever o que acontecerá na 80ª maior noite do cinema e o que teria se passado na cabeça dos milhares de atores, diretores, roteirista, produtores e outros votantes da Academia de Artes Cinematográficas.

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